Funcionários de supermercado são investigados pela morte de homem após suposto furto de chocolate em Curitiba

  • 23/06/2025
(Foto: Reprodução)
Quatro pessoas são investigadas suspeitas de envolvimento no crime. Rodrigo da Silva Boschen, de 22 anos, foi encontrado morto com sinais de agressão no bairro Portão, na noite de quinta-feira (19). Polícia investiga morte de jovem de 22 anos perto de supermercado de Curitiba Dois funcionários do Muffato são investigados por suspeita de envolvimento na morte de um homem que teria furtado um chocolate em uma das unidades do supermercado em Curitiba. Um deles foi identificado como Luiz Eduardo Alves, o outro não teve o nome divulgado. Além deles, Bryan Gustavo Teixeira, funcionário terceirizado da segurança, e o motoboy Henrique Moreira Alves Pinheiro do Carmo também são investigados. ✅ Siga o g1 PR no Instagram ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp Rodrigo da Silva Boschen, de 22 anos, foi encontrado morto com sinais de agressão no bairro Portão, na noite de quinta-feira (19). Câmeras de segurança registraram o momento em que Rodrigo é perseguido por funcionários do supermercado. As imagens fazem parte do inquérito policial que investiga o caso, tratado como homicídio doloso. Assista ao vídeo acima. O segurança terceirizado Bryan Gustavo Teixeira e o motoboy Henrique Moreira Alves Pinheiro do Carmo estão presos. O vigilante do mercado Luiz Eduardo Alves foi preso no dia do crime, passou por audiência de custódia e foi liberado. O quarto investigado não foi localizado. O segurança terceirizado Bryan Teixeira, o vigilante do mercado Luiz Eduardo Alves e o motoboy Henrique do Carmo são investigados Reprodução LEIA TAMBÉM: Vídeo: Dono de página de notícias policiais é preso por agredir ex-namorada Previsão do tempo: Paraná tem previsão de 'geada negra' e temperaturas negativas de -5ºC Polícia: Casal com sinais de embriaguez é preso após cair de moto com bebê de 8 meses Perseguição e assassinato Rodrigo da Silva Boschen, de 22 anos, foi encontrado morto com sinais de agressão Arquivo Familiar Nas imagens é possível observar o momento em que o rapaz é abordado, dentro do supermercado, pelo segurança terceirizado Bryan. Em depoimento, o segurança afirmou que tinha pedido para Rodrigo entregar um chocolate que supostamente tinha sido furtado. Em seguida, as imagens mostram o rapaz correndo em direção ao estacionamento. Bryan corre atrás dele. Um funcionário de outro setor, que está de moletom e boné, também persegue o jovem. Segundo as investigações, já fora da loja, o funcionário de boné pediu para o motoboy Henrique Moreira Alves Pinheiro do Carmo, que passava pelo local, alcançar Rodrigo. Em seguida, conforme a polícia, o funcionário deu um mata-leão na vítima. A investigação também apura se Rodrigo foi agredido pelos outros suspeitos. Até o momento, não há na investigação imagens que mostrem as agressões. Porém, outras imagens, gravadas por câmeras de segurança e por uma testemunha, mostram três pessoas carregando a vítima e a deixando em uma calçada na Rua Daisy Luci Berno, perto do supermercado. Conforme a polícia, não se sabe se, neste momento, Rodrigo já estava morto ou não. A morte foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros, que chegou ao local momentos depois, chamado por uma testemunha. Três são presos suspeitos de envolvimento em espancamento e morte de homem em Curitiba Reprodução Prisões Horas depois, a polícia prendeu em flagrante o segurança Bryan Gustavo Teixeira e o motoboy Henrique Moreira Alves Pinheiro do Carmo. Os dois estão presos preventivamente. No dia, a polícia também prendeu o funcionário Luiz Eduardo Alves, que passou por audiência de custódia e foi solto. Ele não aparece nas imagens da perseguição, mas foi até o local e teria ajudado a tirar Rodrigo da rua e a colocá-lo na calçada. Depoimentos Em depoimentos, tanto o segurança Bryan quanto o motoboy Henrique afirmaram que viram o funcionário de boné segurando Rodrigo em um mata-leão. "Aí eu falei: 'Solta se ele tá desmaiando'. Ele pegou e falou: 'Não dá, senão ele vai fugir'. Falei: 'Cara, solta ele que ele tá desmaiando'", relatou Bryan em depoimento. O motoboy confirmou a versão de Bryan. Em um segundo depoimento, ele afirmou que deu dois socos no rapaz enquanto ele era segurado. "Eu segurei ele. Nisso já chegou o outro de boné, que fez com a mão para eu parar com a moto. Ele chegou e já 'deu uma pesada' no rapaz, que foi onde o rapaz caiu, e ele já montou no mata-leão no rapaz e nunca mais soltou. Eu vi que ele estava no mata-leão. Eu soltei, falei que não ia mais segurar e falei: 'Ó, rapaziada, eu tenho que voltar para o serviço, vocês conseguem terminar aí?'. Porque, até então, eles estavam chamando a polícia. O segurança do Muffato estava ligando para a polícia. Para mim, só faltava a polícia chegar", contou o motoboy. Já Luiz, afirma que quando chegou ao local, a vítima já estava desacordada. "Eles falaram: 'Está desmaiado'. Falei: 'Não, esse cara não está desmaiado. Faz 10 minutos que eu saí da loja, vim até aqui de a pé e o cara tá desacordado'. Eles acharam que era brincadeira que eu falei que o cara estava morto", detalhou Luiz em depoimento. Investigações Câmeras de segurança registraram Rodrigo da Silva Boschen correndo após ser abordado no mercado Reprodução Os policiais que atenderam a ocorrência e um outro motoboy, que foi testemunha do crime, foram ouvidos pelo delegado Thiago Filgueiras, responsável pelas investigações. A polícia quer identificar qual a participação de cada um dos suspeitos no crime e entender quem agrediu a vítima. Filgueiras informou que aguarda o resultado da perícia feita pela Polícia Científica no corpo de Rodrigo. Disse ainda que vai analisar outras imagens de câmeras de segurança. No fim da tarde desta segunda-feira (23), o corpo de Rodrigo foi liberado para a família. O que dizem os citados A advogada Kelen Ribas, que representa Bryan Gustavo Teixeira disse que ele não participou de qualquer ato violento contra a vítima. Disse ainda que Bryan era vigilante do supermercado e que ele se limitou a orientar a vítima a devolver os produtos furtados e se retirar do local, em estrita observância aos protocolos do serviço. "É imprescindível destacar que Bryan não participou de qualquer ato violento contra a vítima, tampouco anuiu ou apoiou conduta criminosa de qualquer natureza. Conforme amplamente demonstrado em seu depoimento prestado às autoridades competentes, sua conduta foi pautada pela tentativa de evitar que excessos ocorressem", diz a defesa. A empresa de segurança Força Rota afirmou em nota que o funcionário cooperou com as autoridades de forma espontânea e disse que eventuais atitudes isoladas de terceiros, mesmo quando envolvem os contratados do grupo, não refletem a conduta institucional da empresa. Disse ainda que manifesta solidariedade à família da vítima e acompanha com rigor o desdobramento das investigações, colaborando com transparência e respeito ao processo legal. Bruno Vinícius, advogado que representa Luiz Eduardo Alves, afirma que o cliente não é apontado como responsável pelo crime e que aguarda as investigações. Destacou ainda que Luiz está à disposição das autoridades. A defesa do motoboy Henrique Moreira Alves Pinheiro do Carmo optou por não se manifestar. O advogado Elias Mattar Assad, que representa o Muffato, afirmou que o mercado lamenta o ocorrido e que colabora com a Justiça para apurar as responsabilidades dos envolvidos. Reforçou ainda que o crime aconteceu fora das dependências do estabelecimento. "O mercado, em seus protocolos de segurança, sempre recomendou aos seus funcionários e terceirizados máxima cautela em ações permeadas pela contenção não-violenta, e sempre restrita aos limites de suas unidades. Este fato isolado ocorreu fora de suas dependências. Quem iniciou a agressão foi um terceiro, estranho ao estabelecimento. Esperamos que estes fatos sejam interpretados dentro da realidade e dentro do que realmente aconteceu naquele local", afirma. O Grupo Força Rota, onde trabalha o segurança Bryan Gustavo Teixeira, afirmou que o funcionário chegou ao local do crime depois que "os fatos mais críticos" já tinham acontecido e que a conduta dele se pautou em "entender a situação, sem envolvimento direto na agressão". "Ele cooperou com as autoridades e forneceu sua versão dos fatos espontaneamente, estando à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais. O Grupo Força Rota reforça seu compromisso irrestrito com o cumprimento da legislação brasileira, a ética profissional, os princípios de dignidade da pessoa humana e a não-violência", diz a empresa. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2025/06/23/funcionarios-supermercado-investigados-morte-suposto-furto-curitiba.ghtml


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